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26 julho 2014

Vem!


        O mundo todo me convence. Tenta convencer. De quê? Ora, de quê! De tudo. Olhe os outdoors publicitários, os discursos, as pichações nos muros das ruas, as religiões, as doutrinas filosóficas, a historiografia. O colono versus o anti-colonialista, o anti-semita e o sionista, o católico, o evangélico, o espírita. O islâmico e o budista. "Vem!" São certos e seguros.
        A palavra é o que de mais poderoso têm as humanas gentes. Pela palavra o homem se excede. Não se basta. Pela palavra logra fazer a cabeça de outro alguém. Está certo. É sua convicção primeira.
        Hoje mesmo meu intento é convencê-lo, a si, leitor: essa coisa é um erro. O homem mais feliz do mundo não tem tal preocupação.
        Citando José Régio: "Quando me dizem: "vem por aqui!" / Eu olho-os com olhos lassos, / (Há, nos olhos meus, ironias e cansaços) / E cruzo os braços, / E nunca vou por ali..."


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"Seja bem vindo quem vier por bem."