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08 outubro 2012

O fim dos ursinhos carinhosos

        É, gente, ursinho carinhoso, felpudo, de dar gosto a gente apertar contra o rosto, já era. Depois de Ted, filme dirigido pelo criador de Uma família da pesada, as coisas não serão mais as mesmas. O Protógenes que o diga. Impossível passar na vitrine de uma loja, ver um ursinho de pelúcia e não lembrar de Ted, o urso beberrão, fumante de maconha, amoral, bebendo, fumando, fazendo ou dizendo obscenidades.
        A sacada de Seth MacFarlane é boa. Pegar num símbolo universal de fofura e meiguice, como são os ursinhos de pelúcia, e vesti-lo de vida própria com todos os defeitos e vicissitudes dos tempos modernos. O resultado, a risada larga, viva, de uns e a indignação de outros para quem o filme é visto como um apelo à toxicodependência.


        O fato é que se uns tentam proibir o filme, outros enchem semana após semana as salas de cinema. Uns se ofendem, outros riem. E entretanto o Seth recebe um convite para apresentar o Oscar 2013. Como diria o Pessa: e esta, hein?






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