Encerra-se a copa. Em todo lado o discurso, as capas da vitória... E também o rosto triste e amargurado dos vencidos. Exibem-se a taça, as medalhas, os sorrisos... Que felizes! Mas também os semblantes doídos. Agradam à mídia. São expressivos.
E nosso é o egoísmo. O egoísmo de nos darmos bem enquanto o outro sofre. O egoísmo de sermos felizes quando os outros são tristes. Nossa é a competitividade. Humanos, somos humanos! Nossa é a necessidade (Deus, quão fraterna!), de sermos melhor que o outro, de chegarmos primeiro, de fazermos mais gols.
Nossos são os comparativos. Os adjetivos. O perna de pau, o peba, o ruim, o fraco... Como nossas -humanas- são as disputas. As competições e avaliações.
Eu, dessa humana parte, sou avesso. Gosto do chute no gol, do olímpico à bicicleta, do calcanhar à letra, do drible ao desarme da zaga. Gosto das poles, do match point, do xeque-mate. Não gosto do vencedor, não gosto do perdedor... Pois confrangem-me os que perdem, e me irritam os que vencem. Com sua soberba.
Por isso, sou do empate. Do quites. Da opinião de que a humanidade não necessita disso. De vencedores e vencidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
"Seja bem vindo quem vier por bem."