Rodrigo, o moleiro, desapareceu certo dia na floresta. Fez-se busca tremenda! Familiares e amigos, policiais e caçadores, por semanas, bateram cada palmo de terreno. Um dia, passados alguns meses, apareceu na aldeia um chimpanzé salpicado de farinha. E uns e outros, felizes, correram a saudá-lo. Entre as muitas saudações pude ouvir: "Rodrigo, grande Rodrigo, seja bem vindo!".
Não me contive. "Mas esse não é o moleiro!", gritei.
Um rapaz, de não mais que dezesseis anos, chegou-se a mim e disse: "Então o senhor não sabe que as coisas não são as mesmas na ida que na vinda?".
Cocei a cabeça uns instantes e retorqui: "Está certo. Mas, devo dizer-lhe, nunca vi caso tão cabeludo".
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"Seja bem vindo quem vier por bem."