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08 dezembro 2014

A mãe que o pariu...







Conheci um dia um rapaz aí com uns vinte anos, vigoroso, tenaz, que me disse ter por missão maior mudar o mundo. Fiquei curioso. Apeteceu-me perguntar como o faria, conformado que sou com as constâncias do mundo, mas ao invés disso, e uma vez que era domingo, fiz-lhe o seguinte pedido: “antes de começar a mudar tudo, por obséquio, faça com que, de um pulo, o mundo todo salte essa próxima segunda”.
O rapaz engasgou e, em seguida, fez mil e uma elucubrações. Nenhuma distinta. Peguei o boné sobre o balcão, coloquei-o na cabeça e, antes de despedir-me, atirei: “É uma pena, mas sua mãe não pariu senão um político”.





Um comentário:

  1. Parece-me que entendi.
    Muitos iluminados andam por aí numa campanha não para mudar o mundo mas para conquistar para eles o mundo.
    Na verdade as mães não têm culpa destes homens degenerarem.

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"Seja bem vindo quem vier por bem."