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03 dezembro 2015

Microcontos intergalácticos II

      
I       
Nosso amor é ridículo, disse ela, entre um choro miudinho. O E.T. pegou sua mão e, fitando o horizonte, atirou: isso quer dizer que é de verdade.

II
Tentou dizer-lhe as coisas mais duras, que se fosse embora, não voltasse nunca mais, mas não conseguiu tecer senão um "amo-te".

III
O desfecho perfeito para o último dia do mundo não era cometer qualquer loucura, era aquele abraço.

IV
O mais que fez foi um aceno: adeus... E de quem mais se despedia era de si mesmo.

V
Mágico e indizível: um sorriso... O sorriso dela, puro e simples, era o tanto que precisava para se sentir feliz.

VI
Não entendeu o que era saudade até viver a milhares de anos luz daqueloutra alma.

VII
Sobre a porta, em letras gordas, anunciava: "vende-se cama de casal (como nova)".

VIII
Depois de tudo, ainda tinha que assinar o nome dele.

IX
Antes de partir, abraçou-o o mais forte que podia e disse: "Tu só tens amor para dar, ele tem uma vida melhor". 


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"Seja bem vindo quem vier por bem."