Ficarei no parque. No balanço. Entre um ir e vir
compassado, gostoso, entre a juventude e a infância. (Velhice não! Por Deus.)
Para que lado as coisas pendem?, se para algum devem pender... E de que
escolhas independem minha razão e ser? Entre um balanço e outro, essa coisa
para lá e para cá, volto velho, vou novo, não vale desesperar. Vou são, volto
louco... O negócio é viajar. Tem coisa mais doida que não saber o que pensar?
Não, não responda. Deixe-me com a ilusão de que sou doido que não tem como igualar.
Ânsia torpe, bem sei, de execrar. “Olha o doido! Olha o doido do balanço. Olha
o doido a balançar.” Que miséria! Um homem cansado de ser homem se volta para
dentro, quer endoidar. Que é que há, gente? Nesse vai e vem para lá, para cá,
deu vontade de lá ficar. Aqui a opção é entre o salgado e o doce; lá, entre
outros paladares. Aqui, entre o amor e o ódio; além, não tem como diferenciar.
Afonso! Afonso! Gritarão um dia qualquer. Afonso!
Alto, quem vem lá? Não é esse que deixamos naquele mesmo lugar!
Eita, negócio penoso! Volto a explicar: blá, blá,
blá... blá, blá, blá... Entendeu? Se não, a culpa não foi minha; foi o balanço
que cedeu.
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