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19 fevereiro 2015

Soneto #1

Ai, esse amor meu - tão meu! -, amada minha!
Fogo era bem fogo e tanto se acendeu
Noite era bem noite e acabou breu
Vivo era tão vivo - Deus, que mal tinha?

A tal infortúnio não me atinha
Nem de mim ela se compadeceu
Levou de mim o que mais era meu
E ainda maior má sorte se avizinha

Amá-la eu por entre mais uns mil dias
Com toda a força de quem se consome
Perdido em angústias e agonias

Vezes sem conta repito o seu nome
Ai, são as noites tão de si vazias!
E do amor seu - e só do seu - a minha fome

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"Seja bem vindo quem vier por bem."