Páginas

03 dezembro 2013

Poema de uma desmesura




O amor me dás à míngua
Amor pouco, racionado
O amor só me serve farto
Só o quero desmesurado

O amor, por favor, não tarde
Que de amor meu ser carece
“Vem, solícito e grosseiro
Como peço sempre em prece”

Oh, para seus modos brandos
Ficam parcos elogios
Acalmam-me, amor, me aquecem
Não tanto como os bravios

Trá-lo sem uma medida
Sem valores e sem prazos
Trá-lo sem forma ou receita
Trá-lo breve, sem atrasos

E não digas “hoje não”
Que a cozedura é fácil
Uma mão um tanto carente
O resto, produto tátil



Um comentário:

  1. Bela poesia, parabéns!

    O amor verdadeiro é assim mesmo, tem que ser absoluto, total, desmensurado!

    Forte abraço!

    ResponderExcluir

"Seja bem vindo quem vier por bem."