Foge, rapaz, das intempéries,
Mas sem que muito corras...
Mas sem que muito corras...
Sabes, não podes, sem coração
Fazer muito esforço
E, bem justos sejamos,
Não sei nem como a natureza
Se permite a tal coisa,
Dar vida a quem não tem
Coração que pula e ama.
Quem teu sangue bombeia
Senão Deus ou a própria alma?
E o pálido rapaz,
Mais branco que o branco
Do mármore,
Senta choroso, triste,
Embaixo de chorona árvore.
Um dia, ele sabe,
Talvez num ápice tudo acabe.
"Senhora, lhe digo de boa fé,
Coisa como esta custa a crer
E meu cérebro suspeitoso
Duvida até do que vê.
O rapaz não tem pulso,
Não tem um só batimento,
E eu digo-lhe, bem sério,
Não sei nem se esse coração
Em falta lhe impede
O sentimento.
Coisas de Deus, que só
O próprio Deus entende."
E a mãe do rapaz, chorosa,
Tímidas lágrimas enxugando,
Num último suspiro encontra força
E solta fraca e soluçando:
"Por favor, doutor, me diga...
Meu menino, me confirme,
Quantos dias tem de vida?"
Franze o olho o doutor
Como se dizê-lo não quisesse,
Mas, oh, remédio!, avança
Pouco certo prognóstico,
A modos, que maiores males
Não se apregoam, é sério.
"Senhora, não sei,
Tampouco sabe a ciência
Remédio que nos valha
Quando fulminante dor
É a da perda.
Tomara fosse Deus
E um tempo pudesse adiantar
Com toda a certeza.
Não sou, infelizmente,
E por isso uma data não ouso,
Não coloco validade.
Faça só uma coisa:
O abrace e o ame."
E a mãe assim fez,
Dia após dia dava beijo e abraço
No menino pálido em seu regaço.
Procurou curas e receitas,
Pais de santo, macumbeiros,
Rezou a Iemanjá, todas igrejas...
"Oh, Deus, maldito sejas,
A um inocente tão mal fazes.
Outra chance, meu Deus, lhe desses
Entre nós se fariam as pazes."
E a mãe, teimosa, persistente,
Se armou toda ela de saberes,
Enciclopédias, atlas, dicionários,
Manuais e mapas...
Estudou duro o corpo humano
E antes mesmo que se fora seu menino
Intentou seus conhecimentos,
Comprou três fios de arame farpado,
Duas pilhas de relógio bem acertado,
E meia dúzia de fivelas de couro
Onde mais tarde enrolou
Maravilhoso coração engendrado.
"Oh, está lindo! Está lindo!
E funciona, meu filho!
A batida é perfeita, uma
Por segundo, o sangue fraco
Bombeia, não tem perigo de derrame,
E a pilha, me garantiu o vendedor,
Dura, dura que se farta!
E não te preocupes, antes
Mesmo que acabe, cá estaremos
De novo
Com toda a Operacionalidade."
Cirurgia feita, coração implantado,
Se espalhou a nova na cidade,
Que já tão nova não é,
Em todo lado, em toda a parte,
Tem muito menino pálido,
Coração pulando,
Tic-tac, tic-tac...
CHO...I thought she was " funny" but totally a KUNTMESS.
ResponderExcluirDidn't you?
CHO...I thought she was " brilliant" in many ways with her HATEFACE .
But it turns out it's quite popular with POPERS and it's quite a common thing for POPPINDA and SYLOPA.
And according to RICK the HERSEPRIC, it's pretty much everywhere where you want to go .
And that's why it's all over IROBICUS MAXIMUS.
And that's why it's all over the NEWS.
And that's why it's all over the NETWORKS.
It's about CONAMME - CONYMAN -and JEWS.
Thanks, Michelle. Hugs.
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