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10 agosto 2012

Um pouco de Miguelanxo

        Saber desenhar, pois bem, sempre foi uma daquelas ânsias minhas, um desejo envergonhado e contido, envergonhado por estas mãos inábeis e toscas, fracas no traço, inseguras, pouco fieis à realidade, e de inapto que era para o desenho, sempre me ative a ler, ao menos ler e me inebriar com o talento dos outros.
        Miguelanxo Prado é talvez, nesse sentido, o que mais me deixava encantado. Ainda deixa. Costumo dizer, meio a sério, meio a brincar, que é o artista que mais admiro. Ou melhor dizendo, é aquele em cujas obras encontro maior prazer e deleite.
       Admirar é coisa forte. Eu admiro as obras, não conheço sequer o homem.

        Abaixo deixo uma das suas curtas histórias, parte integrante do seu delicioso "cotidiano delirante".

 

        Difícil a vida de escritor, difícil saber se em algum tempo não passamos de um personagem do romance de alguém, um plágio, inconsciente, fraco, doído... E o pior, de um mau romancista...


Um comentário:

"Seja bem vindo quem vier por bem."