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26 março 2012

Esquisses d´un monde perdu- capítulo 2 - Fundamentalista? Não!

        - É a primeira vez?
        - Mais ou menos.
        - Mais ou menos? Ou é ou não é.


        Carlinhos Borbulhento hesitou. Lembrou aquela vez que fincou o peru na terra úmida do vaso de begônias vermelhas da vó Rita.


        - É e não é. Pronto, pode ser. Vamos lá?
        - Tem de colocar a camisinha, né? Espera. Eu coloco. Pronto. Como você quer?
        - Sei lá. A profissional é você.
        - Profissional eu? Também é minha primeira vez.
        - Sério?!
        - E eu lá mentiria!


        Carlinhos Borbulhento lembrou uma tirada do brother Matias: "cara, puta não mente. Se já disse pra todo mundo que é puta, vai mentir sobre o que mais, caralho?" E começou qual gato no cio o "vai e vem" desgovernado. De repente um estrondo na porta. Porta arrombada, islâmico de má cara, Knife na esquerda, peixeira na direita...


        - Ala malá mala malama! Atutilá nutá chimalá malá!
        - Uhn?
        - É meu pai. Ele disse que ou casas comigo...
        - Ou o quê? Ou o quê?
        - Ou te corta todinho. Faz tua rola em pedacinhos.
        - Alana lal an alala! Nal ala nala-á!
        - Que é que ele disse? Que é que ele disse?
        - Que tem de ser hoje mesmo. Ou casas ou...
        - Ou o quê? Ou o quê?
        - Te corta todinho e joga o peru na privada.
        - Ahala nala nalá? Ahala lana lalá?
        - Ai, Deus! Ai, Deus! Diz-lhe que sim, eu aceito. Eu aceito!
        - Alá lala silá, lá! - falou a moça.
        - Ah! - o pai tira o turbante. - Ótimo. Perfeito! Já estão até chegando os convidados. Vamos!



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"Seja bem vindo quem vier por bem."